segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Poemas...

Carlos Drummond de Andrade


Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.


Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.


As sem razões do amor



Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.


Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.


Eu te amo porque te amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.


Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim


Quadrilha


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.


Que pode uma criatura senão,
entre outras criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar.



Destruição



Os amantes se amam cruelmente
e com se amarem tanto não se vêem.
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são? Dois inimigos.


Amantes são meninos estragados
pelo mimo de amar: e não percebem
quanto se pulverizam no enlaçar-se,
e como o que era mundo volve a nada.


Nada. Ninguém. Amor, puro fantasma
que os passeia de leve, assim a cobra
se imprime na lembrança de seu trilho.


E eles quedam mordidos para sempre.
deixaram de existir, mas o existido
continua a doer eternamente.

Dinamismo e criatividade: gestaleiras de Juá!
















Clériston e Carliane (SEDUC) prestigiam oficina do GESTAR II , dialogam com os professores e reafirmam a importância do programa para o município e para a formação dos professores.

domingo, 11 de outubro de 2009

Narradores de Javé: Uma breve síntese e análise sob a luz do Letramento

NARRADORES DE JAVÉ, produzido no Brasil, por Bananeiras Filmes, em 2003; escrito e dirigido pela brasileira Eliane Caffé. Os críticos de cinema o descrevem como uma comédia dramática, baseada em fatos jornalísticos. Tendo como principais atores: José Dumont, atuando como Antônio Biá, o escrevedor das memoriais orais do povo. Nelson Xavier, como Zaqueu, um dos lideres da comunidade narrador da história de Javé anos após o “acontecido”. O filme conta com muitos outros personagens, destaco estes, pois a análise que farei estará centrada, basicamente nestes dois personagens: Antonio Biá e Zaqueu.

O filme inicia com Zaqueu, narrando a história da cidade de Javé , anos depois desta ser inundada pela represa. A história que Zaqueu conta aconteceu no sertão da Bahia, estando a comunidade de Javé ameaçada por uma inundação da hidrelétrica, construída na região. Para tentar impedir está tragédia, os moradores do povoado resolveram escrever sua história e tentar transformá-la em patrimônio histórico, a ser preservado. Essa história tinha que ser escrita através de um documento científico: um dossiê. Mas quem poderia escrevê-la? O único adulto da comunidade, alfabetizado e bom nas “escrituras” era Antônio Biá (José Dumont). Foi ele o escolhido para escrever este documento “científico”, embora a comunidade de Javé, não confiasse nele. O povo o chamava de “sacanajeiro, enganadô”. Porque as pessoas de Javé o chamavam assim? Zaqueu conta, que no passado ele, o Biá usou do poder da escrita para enganar as pessoas. Ele era funcionário do único Posto de correios da cidade. Por ser uma comunidade não-alfabetizada, o correio passou a ser um local, quase sem função social, as pessoas não utilizavam a tecnologia da escrita no seu cotidiano. Antônio Biá, percebe a ameaça de ficar sem seu emprego, pois o correio estava para ser fechado, pela ausência de uso da escrita. Então, ele cria a estratégia para não perdê-lo. Passa a escrever cartas para outras localidades, em nome das pessoas do Vale de Javé.. Fofocas eram o conteúdo das cartas, como bem relata Zaqueu:“Ele aumentava os fatos acontecido, com malícia e difamando. Mas tudo era feito com graça e sapiência do ofício de escrever”. Ao ser descoberta sua farsa, foi expulso do centro deste vilarejo. Mas a mesma comunidade que o expulsou, a tempos atrás, naquele momento, precisava de “seus serviços”. Zaqueu ,afirma que ele teria que escrever o documento cientifico de Javé, pois ele é tido com um bom escritor: “Se Antônio Biá escreve mentira, escreve muito bem!!! E para fazê um dossiê, tem que fazê uma juntada de escrita das coisas que aconteceram por aqui...Ouvindo a nossa gente contando pela boca, a história verdadeira, a científica.”. Depois dessas declarações, Antônio Biá foi obrigado a aceitar o cargo de escrevedor. O povo passa, a contar, narrar as memórias orais, na esperança de salvá-los da moderna tecnologia, a hidrelétrica, que fará o povoado desaparecer nas águas


TRATAMENTO PEDAGÓGICO DO FILME: NARRADORES DE JAVÉ.


O filme, Narradores de Javé serve de interlocução entre a cinematografia e a educação. Colocamos a escrita deste material sobre a mira dos contextos educacionais, analisando alguns conceitos sobre a temática letramento através do contexto do filme. Não nos ocuparemos em discutir as questões de ênfase cinematográficas sobre o mesmo, nosso interesse em NARRADORES DE JAVÉ é tratá-lo como elemento pedagógico para fazer uma abordagem no sentido de obter algumas contribuições da mídia/cinematográfica e tratá-los pedagogicamente. Este ensaio passa a ser uma das possibilidades de (re)conhecer os discursos existentes sobre o conceito de letramento no filme, trazendo paralelo aos mesmos alguns teóricos e os conceitos de letramento apresentados por eles, no intuito de solidificar através da abordagem no filme a definição de letramento e alfabetização.
O que segue, portanto, são comentários e exemplos através de recortes de algumas cenas que evidenciam ambientes letrados e alfabetizados através deste filme brasileiro, mesmo tendo a informação de que a Diretora, não tinha essa intencionalidade ao produzi-lo. A análise e as questões que serão tratadas nesta abordagem, centram nas seguintes etapas: apresentação do filme, considerações sobre a cultura oral, a cultura escrita e os letramentos Javélicos.
Importante ressaltar a riqueza e possibilidades de abordagens que o filme sucinta comunidade, ética, raça, religião, gênero, degradação ambiental, cultura, econômica, política, história, identidade, história oral, literatura regional, preconceito lingüístico, arte e cinema) nosso foco restringe-se no estudo sobre a temática alfabetização e letramento.

Cena 1

As paredes da casa de Antônio Biá era todas escritas, com ditos populares, parlendas, piadas, frases como esta: “aqui mora um intelectual alcoólatra”. Durante todo filme é na casa dele que aparece uma estante de livros.
Na porta da frente de sua casa tinha escrito uma frase: “Proibido entrada de analfabeto”.

Cena 2

Biá era o único adulto da cidade que usava cotidianamente uma bolsa atravessada no corpo, contendo na mesma um livro com folhas em branco, lápis, apontador.


Cena 3

Antônio Biá era o funcionário do posto de correio da cidade. E para manter seu emprego, enviava cartas em nome de outras pessoas. Provocando um “rebuliço” de fofocas na cidade. Ao ser descoberto, perdeu seu emprego no correio, sendo essa instituição fechada.


Cena 4

O sacanajeiro, Biá narra com cuidado e destreza os artefatos culturais da escrita: o lápis, a caneta, o apontador.”Eu não uso caneta. Eu não me acostumo. (nesse momento ele aponta o lápis para um analfabeto) Não sei se o senhor já viu; uma caneta corre no papel, assim, sem freio. Então, se a gente erra e quer arrumar, aí aporcalha tudo. Aí, fica aquela dessentira de tinta. O lápis é maravilhoso! Ele agarra o papel, ele aceita a borracha, ele obedece a mão e ao pensamento da gente. Aliás eu sou um homem que só consegue pensar a lápis”.

Cena 5

Demarcando as regras da escrita, Biá diz: “Escritura é assim, o homem curvo vira corcunda, a gente do olho torto, eu digo que é caolho. Por exemplo, se o sujeito é manco na vida então na história eu digo que ele não tem perna. É assim, das regras da escrita.”


Cena 6

A barbearia da cidade é embaixo de uma grande árvore, no centro da cidade. A placa com as indicações de preços e serviços é fixada no tronco... “Corte de cabelo R$ 3,00”. A escrita é feita com giz branco, desenhada com letra bastão.


Com a descrição das cenas acima pretendemos mapear alguns discursos que são específicos de um tipo de letramento e como estes constituem e produzem espaços de habitar e de ser, nos moradores daquele povoado cenário do filme. As representações de letramento em torno do personagem Antônio Biá são bem diferenciadas dos da maioria dos personagens de Javé, considerando que o letramento permite a participação de diferentes usos da escrita e da leitura no cotidiano. Tratamos aqui de Letramento como um conjunto de práticas social e culturalmente determinadas pelo uso da escrita, o que caracteriza o letramento é a função que a escrita exerce no cotidiano (KLEIMAN,1995).

O letramento são práticas de instâncias sociais que são produzidas de diferentes maneiras em determinados tempos históricos. Os fenômenos de letramentos vão para além do mundo escrito, eles são vividos nas relações das pessoas com as instituições sociais (e das instituições com as pessoas). Temos no filme, muitas das agências de letramento que produzem os muitos eventos letrados. Esses maquinamentos entre as agencias de letramentos e as relações com as pessoas, tem intensidades diferenciadas. Como é o caso de Antônio Biá e outros personagens da comunidade.

Se apontar novamente para as cenas anteriores, podemos descrever algumas das agências que produzem discursos diferenciados de letramento, tais como: a escolas, a igreja, as famílias, o posto de correio, o bar, a barbearia, a casa de Antônio Biá (no filme vejo a casa de Biá como uma agencia de letramento) a praça, o Governo Federal. E as suas agencias produzem indícios, eventos de letramentos tais como: a placa do barbeiro, as cartas enviadas por Biá, o desejo da existência de dossiê cientifico, “a dessentiria de tinta da caneta”, os rótulos das cachaças, os alfabetizados, os não-alfabetizados, estante com livros da casa de Biá., o outdoor da hidrelétrica, as câmaras filmadoras dos engenheiros, as rezas, as músicas, o sino da igreja, o brinquedo das crianças, o lápis, o apontador, a bolsa com o livro-dossiê(livro de Biá).

Mesmos os Javélicos não sendo alfabetizados, estão inseridos nestes eventos discursivos, e nestes circulam potências de letramentos (como os descritos anteriormente). A alfabetização não nos dá garantia dos usos e práticas sociais da leitura e da escrita; ela é parte de um tipo de letramento, ela é uma das agencias que produz evento muito específico, o letramento escolar. Segundo TFOUNI, 1995, há graus de letramentos, esses graus são variações das marcas, dos tipos, usos e das funções da escrita no cotidiano. A tese apresentada considera que os Javélicos são letrados, embora muitos deles não tenham sido alfabetizados. A alfabetização produz processos de letramentos, quase sempre na instância escolar. É um engano conceitual atrelar a alfabetização ao letramento. Ela não pode ser considerada a desencadeadora do letramento, de uma maneira universal, considerando que inúmeras agencias fazem circular muitos tipos e diferentes graus de letramentos. A autora não encontra nos seus estudos contemporâneos nenhuma sociedade que possui grau ZERO de letramento, do ponto de vista sócio-histórico cultural, não existe produção social que viva um grau zero de letramento, portanto, iletramento, é uma palavra descartada do contexto teórico desta autora.



JAVÉLICOS: Alfabetizados ou Letrados?


A idéia de letramento associada aos Javélicos, é tratada a partir da autora TFOUNI (1995) que possibilita-nos através dos conceitos de letramento e alfabetização defendidos pela mesma, afirmar que apesar de não alfabetizados eles são letrados. A referida autora apresenta o conceito de letramento como práticas discursivas dos usos e funções sociais da leitura e da escrita, sendo desenvolvidas no cotidiano das relações sociais, teoricamente essas práticas discursivas são visíveis as relações estabelecidas entre as personagens do filme.
Tais peculiaridades discursivas inquietam as sociedades modernas, pois essas produzem uma idéia de supremacia sobre a cultura oral, espalhando certo desprestígio sobre outras culturas, que não sejam as gráficas. Eles produzem conexões entre as culturas, extrapolando a instância oral e escrita; movimentando outros territórios desencadeando espaços nômades. Espaços ainda não demarcados, não territorizados pelo capitalismo.
Narradores de Javé possibilita uma reflexão a cerca do empodeiramento que é atribuído àqueles que têm o conhecimento da leitura e da escrita, e evidencia a vulnerabilidade dos que não os tem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Filme Narradores de Javé, Ano de Lançamento (Brasil): 2003, Estúdio: Bananeira Filmes / Gullane Filmes / Laterit Productions, Distribuição: Riofilme, Direção: Eliane Caffé, Roteiro: Luiz Alberto de Abreu e Eliane Caffé, Produção: Vânia Catani, Música: DJ Dolores e Orquestra Santa Massa, Fotografia: Hugo Kovensky, Direção de Arte: Carla Caffé, Edição: Daniel Rezende.

Vale a pena assistir!
Para nós ribeirinhos que vivenciamos de perto história semelhante, o filme reporta-nos para a história daqueles que foram protagonistas de cenas reais, na cidade de Sento Sé, Remanso, Casa Nova... UMA VERDADEIRA RESTROPECTIVA!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Formação continuada de professores dos anos inicíais do ensino fundamental / Gestar II

Caracterização do Gestar II

É um programa de formação continuada semipresencial orientado para a formação de professores de Matemática e de Língua Portuguesa, objetivando a melhoria do processo de ensino aprendizagem.
O foco do programa é a atualização dos saberes profissionais por meio de subsídios e do acompanhamento da ação do professor no próprio local de trabalho.
Tem como base os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática e de
Língua Portuguesa 5ª a 8ª séries ( 6º ao 9º anos) do Ensino Fundamental II.
A finalidade do programa é elevar a competência dos professores e de seus alunos e, conseqüentemente, melhorar a capacidade de compreensão e intervenção sobre a realidade sócio-cultural.

Modalidade do Programa

A formação continuada deve ser compreendida como uma ferramenta de profissionalização capaz de proporcionar aos professores espaços sistemáticos de reflexão conjunta e de investigação, no contexto da escola, acerca das questões enfrentadas pelo coletivo da instituição. Espera-se, também, que ela proporcione espaços para se compartilhar experiências e resolução de problemas, como forma de construção de conhecimentos, saberes e competência dos professores. Deve também provocar discussão e reflexão sobre problemas do ensino, articulação com a proposta pedagógica e curricular e plano de ensino, bem como as formas de mobilização da comunidade em torno de um projeto social e educativo de escola.
A necessidade constante de atualização não significa, contudo, que a formação
continuada se construa tão somente por meio do acúmulo de cursos. Ela deve
comportar uma relação essencial e estreita com a dimensão da prática no cotidiano da escola e com a dimensão formal da proposta pedagógica.


Ações Integrantes do Gestar II

O Programa Gestão da Aprendizagem Escolar procura garantir a qualidade do processo de ensino-aprendizagem por meio de ações sistêmicas e estratégicas de estudo individual e de atividades presenciais, individuais ou coletivas,coordenadas pelo formador municipal/estadual.




A – Formação Continuada em Serviço para Professores e Formadores

A ser desenvolvida, ao longo de um ano, por meio de estudo individual dos cadernos de TP (Teoria e Prática), de oficinas coletivas e do acompanhamento pedagógico.


Formação continuada do formador municipal/estadual

O formador é um representante do Programa Gestar. Ele coordena todas as atividades, cursistas. Por isso, ele deve conhecer profundamente todos os materiais de ensino aprendizagem e saber conduzir a sua execução. A formação continuada deverá ser parte integrante de sua preparação. Faz parte do material do programa o Caderno do Formador, especificamente voltado para a sua formação.
O formador municipal/estadual receberá, de formadores enviados pela Universidade de Brasília, formação de 300 horas, assim distribuídas:
96 h presenciais, divididas em três encontros com esses formadores (40h + 40h + 16h); 240h não-presenciais; A certificação do formador municipal/estadual será feita pela Universidade de Brasília, desde que atendidos os seguintes requisitos:

a) freqüência mínima de 75%;
b) entrega de um portfólio com todas as atividades realizadas durante a execução do Programa.
Já a certificação do professor-cursista será feita pela secretaria municipal/ estadual, seguindo os mesmos critérios acima.


Atividades individuais a distância para o professor cursista

As atividades individuais a distância destinam-se ao estudo sistematizado dos conteúdos do Curso de Formação Continuada em Serviço. O conteúdo teórico e prático programa é todo veiculado no material impresso distribuído ao professor cursista de transformação, de problematização e de elaboração de conceitos. Assim, o texto contido no material não é um artigo científico e nem um texto literário, mas um texto em forma de aula; um texto que leva o leitor a construir conhecimento; é um que ensina. Os materiais de ensino-aprendizagem são:

6 cadernos de Teoria e Prática – TP (língua portuguesa e matemática);
1 Guia Geral;
1 Caderno de Formador Municipal/Estadual (Matemática ou Língua Portuquesa)


Oficinas Coletivas
As oficinas coletivas coordenadas pelo formador municipal/estadual são desenvolvidas por meio de reuniões destinadas a trabalhar, interativamente, o conteúdo dos Cadernos de Teoria e Prática (TP).Os encontros envolvem dinâmica e que motiva o professor a relacionar os aspectos teóricos discutidos à sua prática cotidiana em sala de aula e a compartilhar reflexões e estratégias com os seus colegas de grupo. As oficinas coletivas são realizadas periodicamente. O formador deve orientar e motivar os professores para a leitura dos cadernos de TP antes das reuniões coletivas. Também nas reuniões, o formador orienta cada professor para o estudo individual, sugerindo a leitura e a reflexão sobre pontos que precisam ser aprofundados e que serão abordados em plantões individuais.

Plantão Pedagógico

Atendimento, pelo formador municipal/estadual, das dificuldades específicas dos professores, em sessões individuais na escola. Visa à discussão das estratégias de aprendizagem que o professor cursista lança mão em seus estudos individuais e ao esclarecimento das dúvidas de implementação do programa em sala de aula. O importante é que o formador proporcione, acima de tudo, suporte sócio-emocional ao professor cursista, para que este supere momentos de insegurança na participação.

Acompanhamento Pedagógico

O acompanhamento pedagógico em sala de aula consiste em sessões de participante pelo formador municipal/estadual, professores ou coordenador pedagógico da escola, desde que estejam cursando as oficinas do Programa Gestar. As sessões devem ser previamente agendadas com o professor cursista regente. Você, professor cursista do Programa Gestar, está envolvido em uma rede de aprendizagem permanente, com espaços para reflexão, pesquisa e discussão de suas práticas. A observação da atuação pedagógica é parte das atividades do programa.




B – Sistema de Avaliação do Programa


Avaliação do desempenho escolar dos alunos

Os alunos envolvidos no programa serão avaliados processualmente. Poderão ser realizadas duas avaliações de caráter externo, ambas diagnósticas, sendo uma no início (entrada) e outra no final do programa (saída).

Avaliação do desempenho dos professores

A avaliação do professor visa ao mapeamento do seu desenvolvimento profissional e contínuo durante o Programa Gestar. Possui caráter dinâmico, ou seja, procura detectar os avanços e as necessidades de intervenções, para a correção dos percursos no processo de desenvolvimento e aprendizagem na formação dos professores. Portanto, é um processo formativo, com foco na perspectiva qualitativa, permanente e contínua da avaliação.
O professor será avaliado, nas sessões presencias coletiva, pelo material que produz, pelo desempenho em sala de aula e por avaliações de conteúdo.
As avaliações processuais serão realizadas por meio das Lições de Casa ou das Transposições Didáticas – atividades didáticas – práticas a serem realizadas no período do curso e que serão analisadas e comentadas pelo formador. O formador analisará a produção do professor cursista e emitirá um conceito. O professor também deverá organizar uma coletânea dos trabalhos e atividades produzidas pelos seus alunos partem de sua lição de casa. Além disso, caberá ao professor cursista realizar a sua auto-avaliação.

A certificação do professor cursista dependerá de quatro fatores:

a) freqüência;
b) conceitos emitidos pelo formador referentes à Lição de Casa ou à Transposição Didática, desempenho nas oficinas e avaliações;
c) auto-avaliação pelo professor cursista;
d) apresentação do projeto a ser implementado na escola em que trabalha.


Avaliação institucional do programa

Todos os atores do programa participarão de uma auto-avaliação e de uma avaliação dos demais agentes, fornecendo dados processuais da execução do programa, os seus pontos positivos e os pontos a melhorar.

domingo, 9 de agosto de 2009

Juazeiro Bahia/ Brasil " A Capital da Irrigação"

Ponte Presidente Dutra - Divisa Bahia/Pernambuco

Travessia fluvial - Juazeiro-Ba/Petrolina-Pe

Vista aérea do entardecer na Ponte Presidente Dutra

Vista panorâmica das instalações da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf)

Paço Municipal - Gabinete do Prefeito

Estátua Thiago Maior

Orla fluvial de Juazeiro


História da Cidade


No lugar denominado Juazeiro Velho, estabeleceu-se, em 1706, missão de franciscanos que aldearam índios Rodelas existentes na região.
EM 1710, com o propósito de se firmarem em definitivo, os franciscanos construíram um convento e erigiram uma igreja consagrada à invocação de Nossa Senhora das Grotas. Por essa época Juazeiro apresentava as primeiras características de núcleo colonizado.
Teodoro Sampaio, que ali esteve em 1879, recolheu excelente impressão de algumas construções, em que via certo gosto arquitetônico - a nova igreja matriz e o teatro - bem como das ruas extensas e do comércio animado da cidade. Chegou mesmo a afirmar que Juazeiro lhe parecera uma "pequena corte" em pleno sertão e considerou-a o foco mais poderoso da civilização e riqueza daquela
parte do Brasil.
O ano de 1894 é assinalado como marco decisivo pare o futuro da cidade. É alcançada pelos trilhos da Viação Federal Leste Brasileiro que a ligam à capital do Estado.
Formação Administrativa
Elevado a julgado, em 1766, sob a jurisdição da Câmara de Jacobina, somente em 9 de maio de 1833 foi criada a Vila de Juazeiro, constituindo-se como sede do Município. Pela Lei provincial n.° 1814, de 15 de julho de 1878, adquiriu foros de cidade.
A comarca de Juazeiro foi criada pela Lei n.° 650, de 14 de dezembro de 1857. O Decreto Estadual n.° 175, de 2 de julho de 1949, elevou-a a terceira entrância.
Segundo o quadro administrativo do País vigente a 1.° de julho de 1957, Juazeiro é constituído dos distritos de Juazeiro, Carnaíba do Sertão, Itamotinga, Junco, Juremal e Massaroca.



Turismo/Riquezas Naturais

Ilha do Fogo


Uma das mais belas ilhas do Rio São Francisco, marca a divisa entre os estados da Bahia e o de Pernambuco. Está localizada entre as cidades de Juazeiro-BA e Petrolina-PE. Possui uma área praiana com terreno acidentado, formado por uma rocha única, elevando-se ao poente em morro de aproximadamente 20 metros de altura, onde está fixado um cruzeiro iluminado (que servia de orientação aos navegantes). Dispõe de bar restaurante. A ponte Presidente Eurico Gaspar Dutra passa sobre esta ilha.

Ilha do Rodeadouro

A 12 Km de distância do Centro de Juazeiro, é uma das mais freqüentadas da região, com praias de areias alvas e excelentes para banho. Com uma razoável infra-estrutura a ilha possui barracas onde os visitantes podem degustar os mais variados pratos da região. Há também espaço para camping, onde as pessoas podem passar os finais de semana usufruindo as belezas naturais do local.
A travessia pode ser feita através de barcos localizados às margens do Rio São Francisco no povoado do Rodeadouro ou nas Barcas de passeio que saem todos os finais de semana do cais de Juazeiro até a ilha. Durante o percurso as pessoas curtem música ao vivo enquanto contemplam as paisagens naturais do Velho Chico.

Ilha Culpe o Vento
A ilha é deserta e ideal para prática de camping selvagem. O acesso é feito pela rodovia BA 210, que liga Juazeiro a Curaçá, aproximadamente 15 Km até o local da travessia que é feitos por barcos localizados ás margens do Rio.
Ilha de Nossa Senhora - A 2 Km da sede, possui uma exuberante vegetação variada com predominância de mangueiras e cajueiros, área de praias de areias alvas e águas cristalinas. È uma das ilhas mais freqüentadas, devido à beleza das suas praias.

Cachoeiras
Cachoeira do Salitre

Localizada no Vale do Salitre, na Fazenda Félix, a 39 Km de Juazeiro, a cachoeira com salto de pouco mais de 2 m de altura é excelente para banho e muito apreciada pelas crianças da região, que se divertem nas águas do rio Salitre. O acesso é feito pela BA 210, sentido Sobradinho.
Cachoeira da Gameleira
Também formada pelo rio Salitre, a Cachoeira da Gameleira fica a 68 Km de Juazeiro, escondida entre a vegetação fechada da caatinga. Num cenário paradisíaco, a queda d' água escorre entre um canyon, onde predomina um enorme gameleira, cuja as raízes se espalham formando sombra em parte da cachoeira. A profundidade do lago permite saltos do alto da cachoeira de aproximadamente 5 m.

Grutas

Gruta do Convento

Situada a 100 Km de Juazeiro, é uma aventura imperdível para quem gosta de passeios ecológicos. Cortinas e torres são formadas pelas estalactites e estalagmites que dão forma a Gruta de 40 m de largura e 30 m de altura, composta ainda por dois lagos tornando o cenário mais belo. Para conhecer a Gruta é necessário um guia nativo.